RA: Sr. Honorato, pode nos dizer porquê escolheu o formato blog para expôr suas idéias na internet?
E.H.: Bom, porque era um novo formato, revolucionário que vinha surgindo, e muita gente de peso estava adentrando essa nova forma de se expressar na internet, deixando sua marca e… pfff… hahahaha… ok, brincadeira. Foi porque eu estava sem nada para fazer e porque nunca soube montar um site.
RA: Porque esse nome Rapadura Açucarada?
E.H: Assim, tipo, como vou dizer… eu estava com fome nesse dia e com saudades da minha terra natal, o Ceará. Uma coisa levou a outra.
RA: Mas o sr. sabe que rapadura é açucar, não sabe?
E.H: Claaaaro que… que… eu sei. Açucarada foi só pra… hmm… dar ênfase à idéia.
RA.: Seeei. Agora me diga, o que diabos rapadura tem a ver com quadrinhos?
E.H.: Rapadura é quadrada… dãaaaa!!!!
RA.: Oh. Não sei porque estou começando a ficar com dor de cabeça. Mas, vamos lá. Porque começou a escanear HQs?
E.H.: Na verdade foi acidental. Eu tinha um scanner. Na época eu não sabia por que comprei aquilo. Eu apenas comprava tudo que se referia a computador. Estava na moda mesmo. Então eu não sabia para que aquilo servia. Daí, um dia eu estava lendo uma HQ do Deadpool, quando de repente, atravessei uma rua e um tambor de produto radioativo me atingiu, derrubando o gibi de minhas mãos, fazendo com que ele caisse, aberto, no scanner, e gerou uma cópia da página. Então descobri para que servia aquele troço.
RA: Certo. Mas porque tantos scans?
E.H.: Vício. Tipo, eu não bebo, não fumo e não f… faço muita questão de ter um carro para lavar todo fim de semana. Também não gosto de futebol. Daí que me viciei em escanear.
RA: Mas não foi por amor aos quadrinhos, para distribuir cultura gratuita, lutar contra preços exorbitantes e pelos nerds oprimidos?
E.H: Hã… o que… quem… como? Que é isso de amor aos quadrinhos e cultura de graça? Tá lôco, é? Eu só escaneio porque eu gosto e me viciei, fora isso, as editoras podem cobrar o quanto quiser pelos seu gibis, se for caro demais eu não compro e pronto, oras. E quem quiser cultura de graça o Teatro Municipal tem sessões a R$ 1,00, todo domingo de manhã. É quase de graça. Faça-me o favor!
RA: OK. E quanto ao seus contos e memórias. Porque começou a escrever tanto, se o blog era basicamente voltado para scans de quadrinhos?
E.H.: Bom, ele não era, como eu disse foi um acidente. Depois tive de parar por um tempo com os scans e não ia terminar o blog por causa disso. Então comecei a colocar links de qualquer troço que encontrava. Também descobri que sabia escrever. Isso veio a calhar, pois eu tinha muita bobagem a escrever. Mesmo voltando com os scans, continuei escrevendo, mesmo sabendo que nem eu mesmo leria depois que terminasse o texto. No máximo para uma revisão dos meus muitos erros. Detesto textos longos.
RA.: E Jerusalem Jones, que aliás está sumido, como e porque o criou?
E.H.: Também foi acidental, mas sem a parte radioativa. Eu só escrevia vários contos e queria escrever um sobre faroeste. Era pra ser apenas um. Mas ele foi ficando, ficando, ficando.
RA: Bom, por último temos o F.A.R.R.A. Por que surgiu?
E.H.: Bom, foi por acidente. Eu sei, tá ficando chato isso, né? Mas é verdade. Eu queria um lugar para colocar os scans e que o pessoal que acessava o blog pudesse ajudar a manter os links funcionando, coisa que eu sozinho não estava conseguindo mais. Acabou virando mais do que um lugar para downloads e é uma casa legal. Às vezes parece um hospício, e o dono parece ser o pior dos loucos, mas no geral é um bom lugar para se vegetar na internet, ou ficar acessando do trabalho.
RA.: Para terminar, a última pergunta. Óbvio, afinal é para terminar. O Sr. é um nerd?
E.H.: Sei lá, já me chamaram de coisas piores.
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